quarta-feira, outubro 25, 2006

Aborto: alguns dados

Todos os anos são interrompidas, em todo o mundo, 45 milhões de gravidezes não desejadas, das quais cerca de 19 milhões são realizadas em condições não seguras. Aproximadamente 40% das interrupções voluntárias de gravidez não seguras afecta jovens mulheres, com idades entre os 15 e os 24 anos. Estima-se que 68 mil mulheres morram todos os anos devido a este tipo de intervenção em situações precárias. Este número representa 13% da mortalidade relacionada com a gravidez.
Senhores e senhoras que defendem o "não" no referendo: afinal devia existir ou não o "direito à vida"? Porque segundo estes números, na actualidade, não me parece que haja assim tanto direito à vida como isso...

A interrupção voluntária da gravidez é praticamente legal em todo o mundo. Porém, as leis nacionais sobre a interrupção voluntária da gravidez são significativamente mais restritivas nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos.
Nestes últimos, a interrupção voluntária da gravidez é permitida por solicitação da mulher em cerca de dois terços de todos os países considerados desenvolvidos. Pelo contrário, apenas 1 em cada 7 países em desenvolvimento permitem a interrupção voluntária da gravidez por solicitação.

Na Europa, assiste-se a uma situação idêntica no que diz respeito ao quadro legal da interrupção voluntária da gravidez.
Em 44 países, apenas dois - Malta e Irlanda - não permitem a interrupção de uma gravidez não desejada. Na Polónia, Suíça, Chipre e Liechtenstein esta só é possível por razões de saúde.

Ao longo dos próximos dias vou aqui apresentar como funciona, ou não funciona, a actual lei nos diferentes países da Europa.

segunda-feira, outubro 23, 2006

"Direito à vida"??

Com o referendo sobre o aborto para breve (espero), surgem blogs com o único propósito de defender o "sim" ou o "não".

Este é um blogue do não, que acho que vale a pena visitar e, especialmente, comentar porque realmente tenho dificuldade em argumentar com pessoas que só conseguem usar um único argumento (ainda por cima, para mim, sem aplicação ao caso) para defender a sua ideia.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Bush legaliza tortura já existente

O presidente dos EUA George W. Bush, promulgou uma lei que aprova a tortura nos interrogatórios de suspeitos de terrorismo e permite ao governo dos Estados iniciar imediatamente processos judiciais em comissões militares.

Esta lei, a Lei de Comissões Militares de 2006, na realidade, não muda nada. Apenas legitima práticas adoptadas pelos EUA há diversas décadas. Permite o uso de métodos rígidos em interrogatórios de acusados de terrorismo e dá às cortes militares a responsabilidade de julgar os suspeitos.

Mais uma prova de como os Estados Unidos é um país democrático, como o seu brilhante presidente afirma constantemente.

quarta-feira, outubro 18, 2006

O final de 3 Scuts

O Governo vai introduzir portagens em três Scuts já em 2007, anunciou esta manhã o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino, explicando que em questão estão as auto-estradas em regime de portagem virtual do Norte Litoral (até Viana do Castelo), da Costa da Prata e do Grande Porto.

Por um lado, quando estou em viagem, gosto de ir pelas melhores estradas, da forma mais rápida e, de preferência, sem pagar.
Por outro lado, esta medida por parte do Governo parece-me acertada, uma vez que é como se fosse um tipo de imposto. Só que, ao contrários dos impostos, este só abrange quem realmente tirar partido das vias em causa, o que me parece justo.

Parece que a próxima vai ser a Scut do Algarve, mais conhecida como Via do Infante.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Azar

Para acabar o curso, este semestre, falta-me uma disciplina curricular e uma extra-curricular (que estou a fazer para manter em aberto a possibilidade de poder ser técnico oficial de contas).

Por coincidência, tenho as duas disciplinas à segunda-feira. E essas duas disciplinas calharam uma a seguir à outra. Não poderia estar mais contente, certo? Sem furo, seguidas, está óptimo.
Estaria óptimo se por azar a primeira disciplina não fosse das 11h às 13h e a segunda das 13h às 15h, o que de facto acontece.

É que se ainda tivesse um intervalo entre as duas... Mas não. Na primeira saio já depois da hora e a segunda começa, senão à hora, é quase à hora. Por isso não tenho mesmo tempo para comer. É sair de uma sala e ir a correr para a outra.

O que fiz hoje: tomei o pequeno-almoço às 11h45 e depois almocei às 15h15.
Acho que a partir de agora vai ter que ser sempre assim. Não vejo outra solução.

Bem, mas podia ter sido pior. Se as duas coincidissem... aí sim era o cúmulo do azar...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Ao que isto chegou

Portugal perdeu pela primeira vez nos últimos 8 anos numa fase de qualificação.
Algo vai mal na selecção, desde já os jogadores que têm sido convocados e, pior, os jogadores que têm jogado a titular.
Como é que é possível que o Scolari não veja que o Costinha já não joga, que o Nuno Valente já não corre e que o Ricardo Rocha ou Ricardo Costa não são jogadores para uma selecção portuguesa?

Acho que está na altura de começar a encontrar alternativas para estes jogadores ou então corremos o risco de no fim voltarmos ao antigamente e termos que fazer muitas contas para nos apurarmos para o Europeu.

quarta-feira, outubro 11, 2006

A nova geração

Sempre gostei de escrever minimamente bem, apesar de achar que nunca tive jeito. Apesar disso, a minha formação de frases, a pontuação, a ortografia, sempre foram coisas elogiadas pelos meus professores.

Tenho 25 anos. Não me considero nenhum velhote, apesar de saber que não caminho para novo. No entanto, sou de uma geração que se lembra como era o mundo ainda sem computadores.
Comecei a usar computadores talvez a partir dos 12, 13 anos. Rapidamente me adaptei ao novo brinquedo e sempre que era necessário para trabalhos da escola oferecia-me sempre para os passar a computador.
Escrevi sempre bastante rápido e, modéstia à parte, ainda não encontrei ninguém que escrevesse tão rápido como eu. Quando digo escrever, é mesmo escrever. Tal e qual como vêem estas palavras que estão a ler neste momento. Mesmo com o aparecimento do messenger e as salas de chat, continuei a escrever normalmente. Não havia razão para mudar.

Hoje em dia, a nova geração apresenta-se com uma nova "escrita". Abreviar e abreviar é o lema. Para quê, pergunto eu? Para ser mais rápido? Será que se se habituarem a escrever direito, ao fim de algum tempo, não escreverão mais rápido também? Porque ao fim ao cabo, para escrever por abreviaturas é também necessário "treino". Não se consegue escrever rápido por abreviaturas do dia para a noite.
No entanto, nem sempre só de abreviar se trata. Frequentemente vê-se trocas do "e" pelo "i" ou "o" pelo "u". Qual é o objectivo? Inventar uma nova língua? Ridículo.

É que depois levantam-se outras questões. Será que os jovens, ao utilizarem tal escrita, não vão desaprender a escrever português?

Desculpem...

Desculpem pela escassez de "posts" e pela qualidade dos últimos, mas é que tive em época de exames. Agora terminados, este blog vai continuar a sua anterior periodicidade de publicações e, espero, com a mesma ou melhor qualidade que anteriormente.

Está prometido um post para hoje, ou na pior das hipóteses, para amanhã.

sábado, outubro 07, 2006

Dá que pensar...

"Os paraísos perdidos estão somente em nós mesmos." Marcel Proust

terça-feira, outubro 03, 2006

"Estado Corporativo"

É o titulo do "post" de hoje do Luís Aguiar no seu "A destreza das dúvidas", que fala entre outras coisas sobre o papel das Ordens, hoje em dia, o qual eu subscrevo a 100%. Dêem uma espreitadela.

Muitas vezes é bem verdade...

"Se A é o sucesso, então é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada. " Albert Einstein

Por isso é que eu prevejo um futuro complicado para mim, no que respeita ao "Z"...



P.S. "Post" dedicado a um amigo meu.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Praxe Académica

Lá estamos nós novamente em Setembro, com o início do ano lectivo nas universidades, é tempo de tradição - as praxes académicas.
Toda a gente, novos e menos novos, já ouviu falar sobre a praxe académica e todos temos uma ideia mais que não seja preconcebida sobre o que são as praxes, para uns a praxe é uma coisa negativa para outros uma coisa bastante positiva.


Para alguns, a praxe é a única forma de ajudar o caloiro ou recém-chegado à universidade a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem.
Para outros, é um ritual de integração forçada humilhante, retrógrado e difusor dos valores mais reaccionários da sociedade, como sejam o sexismo, a homofobia ou a submissão.

Eu posso dizer que concordo mais com "os outros".
Acho a praxe completamente ridícula. Para mim, praxe é, acima de tudo, significado de submissão. Dizem-me que é óptima para ajudar na integração à universidade, fazer amigos, etc. Tudo bem. Conhecem alguma actividade organizada que, durante 2 semanas, não seja capaz disso?

As pessoas acabam por gostar da praxe porque realmente não conhecem outra realidade. Não sabem como poderia ser a integração se em vez da praxe houvesse outro tipo de actividade. Será que não se podia organizar uma recepção não hierárquica de 2 semanas baseada em relações de camaradagem de igual para igual e que encoraje a criatividade e o espírito crítico? Sem submissão, sem insultos, sem humilhações?

Em pleno século XXI, num país que se diz e é europeu, não parece muito correcto que as pessoas sejam alvo das mais absurdas práticas, como ficarem de quatro como se de animais ovinos e bovinos se tratassem, ladrarem como os cãezinhos lá de casa, ou zurrarem como os burros que aliás são espécie em extinção. Não é muito dignificante para aqueles que serão os doutores e engenheiros e quiçá governantes deste país... Convenhamos... Andam lá agora os pais para isto? Os seus filhos que estudam para doutores advogados a zurrarem pelas ruas?? Isto para não falar de coisas bem mais obscenas a que se assistem em tempo de festas e cortejos...

Os hábitos da praxe que hoje são um anacronismo insensato remetem para um mundo corporativo medieval, para uma época em que as universidades tinham regimento e polícia e em que os estudantes se defendiam da autoridade dos "lentes", construindo um mundo de regras autónomas que reproduziam, aliás, o ambiente igualmente claustrofóbico da universidade "séria".

É, acho eu, tempo de mudar mentalidades. A praxe hoje atira-nos mesmo para uma medievalidade que não queremos.

Está na altura de aparecer gente nova com inteligência, com coragem, que traga novas ideias que possam ser alternativas à praxe.

Passemos todos de vez para o século XXI.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Referendo ao Aborto na Assembleia da República

Dia 19 de Outubro vai ser discutida (e aprovada) uma proposta sobre o referendo ao aborto apresentada pelo Governo no parlamento.

Acho que a lei da despenalização do aborto há já muito tempo que devia estar implementada. Mas este é apenas mais um dos muitos temas que fazem com que o nosso país continue a ser um dos mais retrógrados comparativamente aos restantes países da UE.

Agora, a questão que eu ponho é a seguinte: para quê o referendo?
O governo foi eleito e conseguiu maioria absoluta no parlamento, portanto, porque é que eles não apresentam uma proposta de lei e a implementam?
Ninguém veio fazer referendos quando se decidiu aumentar os impostos; ninguém veio fazer referendos quando o Presidente da República decidiu dissolver o governo de Santana Lopes; mais recentemente, ninguém veio fazer referendos quando se decidiu estabelecer um número mínimo de deputadas (mulheres) no parlamento.
Eu pergunto, porquê então agora? Já o fizeram anteriormente e vão voltar a fazer. Porquê? O governo não tem legitimidade para fazer leis? Então porque é que não as faz?

Já agora deixo-vos aqui a pergunta com que, certamente no principio do próximo ano, vamos ser confrontados: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

quinta-feira, setembro 21, 2006

Ainda não é desta

Pois é meus amigos. Parece que Portugal não vai seguir os restantes países europeus no que respeita à lei anti-tabaco.
Segundo o ministro da saúde, a nova legislação sobre o consumo de tabaco vai permitir que, durante "algum tempo" (leia-se 3 ou 4 anos), os restaurantes possam decidir se os clientes podem fumar nas suas instalações. Ou seja, vai continuar tudo exactamente como está.

O engraçado é o tempo que, segundo o Governo, os estabelecimentos necessitam para decidir. 4 anos!! Porque não 40? É ridiculo. Uma lei que já devia ter sido feita (como por exemplo em Espanha), ficamos agora a saber que nem daqui a 4 anos vamos poder escolher entre estabelecimentos para fumadores ou não fumadores.

Será que não há ninguém de coragem dentro do Governo que possa pôr esta lei a andar para a frente, mas... a sério?!?

segunda-feira, setembro 18, 2006

A diminuição do casamento e o aumento do divórcio

Hoje em dia, os portugueses casam cada vez menos e cada vez mais tarde. Preferem viver juntos. Em contrapartida, o número de divórcios é que não pára de aumentar.
Por exemplo, de 2003 para 2004, o número de casamentos diminuiu em cerca de 8,5%. O número de divórcios aumentou em 2,3%.

A significativa diminuição do número de casamentos faz que pensar. Porque será que os portugueses casam cada vez menos?
Eu, realmente, não entendo a importância do casamento, para além de certos benefícios fiscais. Para mim o casamento é apenas um contrato. Se eu me juntar com uma pessoa não me vou sentir mais ou menos seguro, ou mais ou menos feliz por ter casado. Se calhar, a maioria das pessoas que casam, fazem-no apenas por tradição, por "ser assim que se deve fazer". Eu não concordo com isso, e como eu, já deve haver várias pessoas a pensar o mesmo, e daí talvez uma das justificações para haver cada vez menos casamentos.

Por outro lado, o número de divórcios tem vindo a aumentar.
Na minha opinião, os casamentos desfazem-se porque as pessoas desistem com muita facilidade. Antigamente, o divórcio não era sequer visto como uma opção. Hoje em dia, é uma solução fácil para os casais que desistem de tentar solucionar os seus problemas. Será que as pessoas estão a ficar cada vez mais fracas e fogem dos problemas em vez de os enfrentarem?

quinta-feira, setembro 14, 2006

O Luís sabe o que diz

Os comentadores de futebol em Portugal pouco falam no futebol propriamente dito. Entram nas mais variadas polémicas, falam imenso de arbitragens, insultam este e aquele, dão opiniões sobre coisas relacionadas com o futebol mas que não são "o futebol", e ainda por cima quase nenhum faz a menor ideia do que está a falar.

Não é o caso de Luís Freitas Lobo, comentador RTP de excelência. Esse sim fala de futebol. Percebe o jogo como ninguém, sabe falar, explica com clareza as suas ideias e vê-se que adora o que faz. Apesar de ser formado em direito, dedica-se ao futebol de corpo e alma. Conhece o futebol como poucos e ensina o que ele é a muitos.
Para quem gosta mesmo de futebol aconselho vivamente a visitarem o site dele.

Luís Freitas Lobo é único no mundo dos comentadores desportivos. Precisamos de mais como ele.
Será que não há mais "Luíses" por aí escondidos? Espero que sim.

domingo, setembro 10, 2006

As novas sete maravilhas do mundo

Lisboa será em Julho do próximo ano palco de mais um evento internacional, a Declaração Universal das Novas Sete Maravilhas do Mundo, uma eleição feita por iniciativa da New7Wonders Foundation, e realizada através de votação por telefone e internet, a partir de todo o mundo. A data para o “mega evento que contará com a presença de altas personalidades mundiais”, segundo comunicado, já está marcada: sete de Julho do próximo ano (07/07/07).

São 21 monumentos finalistas em que as pessoas podem votar, e as mais votadas serão as Novas 7 Maravilhas do Mundo.

Curiosamente, a única maravilha das sete originais que ainda permanece são as pirâmides de Gizé, no Egipto.

As restantes candidatas a maravilhas são: Acrópole de Atenas (Grécia), Alhambra (Granada - Espanha), Angkor (Camboja), Pirâmide em Chichén Itzá (México), Cristo Redentor (Rio de Janeiro - Brasil), Coliseu de Roma (Itália), Estátuas da Ilha de Páscoa (Chile), Torre Eiffel (Paris - França), A Grande Muralha da China, Basílica de Santa Sofia (Turquia), Templo de Kiyomizu (Japão), Kremlin e Praça Vermelha (Rússia), Machu Picchu (Perú), Castelo de Neuschwanstein (Alemanha), Petra (Jordânia), Estátua da Liberdade (EUA), Stonehenge (Amesbury - Reino Unido), Ópera de Sidney (Austrália), Taj Mahal (Índia) e Tombouctou (Mali).

O meu voto vai para as Pirâmide de Gizé, Angkor, Torre Eiffel, A Grande Muralha da China, Machu Picchu, Stonehenge e Ópera de Sidney.

E o vosso?

quarta-feira, setembro 06, 2006

Os "doutores"

Felizmente, no nosso país, o número de licenciados tem vindo a aumentar significativamente. Consequentemente, Portugal tem agora um grande número de "doutores".

Por cá, qualquer pessoa que tenha uma licenciatura, ganha o direito de ser chamado de doutor. Mas porquê?
Para mim, os únicos doutores são os médicos e as pessoas que tiram doutoramento.

Com a licenciatura de economia (que espero terminar brevemente) também vou ter direito a ser doutor. Mas, sinceramente, é um "privilégio" que eu dispenso completamente. Não quero, portanto, de forma alguma, ser chamado de doutor (fica já o aviso eheheh).

Não será já altura de rever o significado de "doutor" e passar a usá-lo correctamente?

segunda-feira, setembro 04, 2006

A condução em Portugal

No outro dia fiz referência ao facto de alguns dos condutores portugueses conduzirem à inglesa.
É verdade. Muitas vezes, quando vou em vias-rápidas ou auto-estradas aparece-me um pela frente a ultrapassar outro carro, muito devagarinho... Lá fico montes de tempo à espera que ele ultrapasse o dito carro... Ao fim de 1 minuto lá conseguiu ultrapassar o carro... Mas em vez de passar logo para o lado direito não. Era bom. Mais uns 10 segundos... até que dá o pisca para a direita... mais 5 segundos... e lá vai ele para a via do lado direito. O engraçado é o pisca. Já não basta meterem-se à minha frente para ultrapassar, depois de ultrapassarem, em vez de se desviarem logo para a direita mal possam não, dão primeiro o pisca e só passado uns 5 segundos é que lá vão para a direita. O que é que me interessa a mim o pisca para a direita???

Mas isto é só para dar cabo da paciência a um gajo. Pior é quando se vai na auto-estrada a ultrapassar, quando de repente, sem mais nem menos, o carro que estamos a ultrapassar vem para cima de nós. Isso é que causa acidentes. Felizmente isto já não se vê tanto como dantes.

Depois há aquelas ultrapassagens malucas que se vê em estradas nacionais. Para já, ainda só vi sortudos. Não vi acidentes por esta causa. Mas que os há, há.

Dizem que a causa da maior parte dos acidentes é o excesso de velocidade. Mas isso não é verdade. Normalmente os acidentes são causados pelos condutores mais lentos, porque normalmente esses são os que têm maior dificuldade em conduzir. Ultrapassar em auto-estrada sem olhar para o retrovisor, não respeitar prioridades, não conduzir pela direita, manobras perigosas... Tudo isto é mais comum em condutores "mais lentos". E estas sim, são as verdadeiras causas dos acidentes.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Lei anti-tabaco

Hoje entrou em vigor, em Espanha, a nova lei anti-tabaco.
As novas regras obrigam a separar fisicamente os fumadores dos não fumadores em estabelecimentos com mais de 100 metros quadrados.
Esta lei foi aprovada há oito meses, mas só agora entrou em vigor definitivamente porque o Governo deu um prazo de 8 meses para que os espaços se adaptassem às novas regras.

Esta nova lei espanhola, para mim, é capaz de ter sido das mais importantes que devem ter feito nos últimos tempos. Realmente não tem cabimento os não fumadores apanharem com o fumo dos que querem "morrer lentamente".
A mim, especialmente, o fumo incomoda-me bastante. Eu até nem vou a certos cafés porque alguns são mesmo irrespiráveis.

Penso que é uma lei que beneficia todos uma vez que os fumadores podem continuar a fumar nos sítios apropriados para além de não terem a preocupação de estar a incomodar terceiros. Os não fumadores não apanham com o fumo dos outros. Os donos dos espaços públicos talvez perderão alguns clientes fumadores, mas penso que ganharão mais clientes não fumadores do que perderão fumadores.

Portanto eu pergunto: para quando esta lei em Portugal?