quinta-feira, novembro 13, 2008

Cinema: semana de 06/11 a 12/11

Esta semana fui ver "007 - Quantum of Solace", "W." e "1ª Vez - 16MM".

"007 - Quantum of Solace", é mais um filme da saga James Bond sendo protagonizada pela segunda vez por Daniel Craig.
Traído por Vesper, a mulher que ele amou, 007 apenas quer fazer a sua última missão pessoal. Na perseguição da verdade, Bond (Daniel Craig) e M (Judi Dench) interrogam o deputado White que revela que a organização que chantageou Vesper é muito mais complexa e perigosa do que alguém tinha imaginado.
Onde está o James Bond que todos conhecemos? É notório que não existe vontade para continuar esta saga que já existe há tanto tempo. Então porque tentar fazê-lo? Parece-me que há alguém que quer fazer filmes de acção com sucesso garantido e para isso usam o nome de James Bond para o conseguir. Sim, porque isto não tem nada a ver com o James Bond de Sean Connery, Roger Moore ou mesmo Pierce Brosnan. Onde está o Bond, James Bond? Onde está o galã sedutor? Onde está o humor tipicamente britânico (houveram duas piadas ao longo de todo o filme)? Onde estão as engenhocas? Onde está a música tão característica dos filmes do 007? Ah, essa tem resposta: está durante os créditos (que tristeza). Tudo o que era característico da saga James Bond deixou de existir. Então, mais uma vez eu pergunto: para quê continuar-lhe a chamar James Bond? Se já no "Casino Royale" o filme padecia desse problema, esperava-se que era por ser o "primeiro" filme da saga, afinal não era esse o problema. Portanto, deixando James Bond por um momento neste comentário, o filme em geral não está tão bom como "Casino Royale". O argumento está bem mais fraco, assim como a realização. A câmara aos saltos não me parece uma boa opção para este tipo de filmes. Daniel Craig tem mais uma boa interpretação embora, como é óbvio, não seja um James Bond. As bond-girl foram um erro completo. A primeira não existiu, e a segunda teve uma interpretação que deixa muito a desejar. Valeu Daniel Craig em todo o filme. Em conclusão, James Bond acabou. Agora é apenas um filme de acção feito por alguém que se quer aproveitar do nome para ter sucesso garantido. Sendo assim, o filme está razoável. Consegue entreter mas o argumento podia estar bem melhor, especialmente tendo em conta que um dos argumentistas é Paul Haggis.
Classificação: 7
"W." é uma crónica sobre a vida e presidência dos EUA de George W. Bush, realizado por Oliver Stone.
Quer se adore ou se odeie, não há dúvida que George w. Bush é uma das figuras públicas mais controversas da história mais recente. W. conduz os espectadores pela atribulada vida de Bush - as suas lutas e triunfos, como ele encontrou tanto a sua esposa como a sua fé e, claro, os dias críticos que levaram Bush a tomar a decisão de invadir o Iraque.
Não se pode dizer que o filme esteja mau mas é verdade que esperava muito mais de Oliver Stone. O filme corre a ritmo algo lento e muitas vezes sem interesse. O que é pena, visto que há muitos aspectos importantes durante a administração W. Bush que foi ignorada, como o 11 de Setembro, e que poderia ter evitado as partes "mortas" do filme. A parte do Iraque, por exemplo, já foi abordada e bem explicada. As interpretações dos actores não se pode dizer que foram más mas é verdade que poderiam ter sido bem melhores. De qualquer forma, podemos assistir a vários momentos e a curiosidades interessantes da vida do pior Presidente dos Estados Unidos de sempre, grande parte deles completamente desconhecidos do público.
Classificação: 7

"1ª Vez - 16MM" é um filme português que conta com a participação de António Vitorino D'Almeida, Adelaide João e João D'Ávila. Fui ver este filme em ante-estreia com realizador e alguns actores na sala.
As frustrações, alegrias, excentricidades e atribulações vividas por um grupo de jovens cineastas que se lança na realização a sua primeira longa metragem. Uma história fantástica sobre ingenuidade, relações humanas, paixão e cinema.
O filme é mau de mais para ser verdade. Para além do argumento do filme não ter absolutamente qualquer nexo, a maior parte dos intervenientes do filme não têm a mínima capacidade de representação. Rui Goulart, realizador e actor principal do filme, é o caso mais explícito. Como realizador, pudemos ver neste filme, que não tem noção como se realiza um filme. Basta dizer que ele conseguiu a fantástica proeza de filmar em Veneza e Paris e dar ao espectador a sensação que estas duas cidades são das mais feias do mundo. Como actor, bem... Não é actor. Fala sempre no mesmo tom e sem qualquer expressividade. Mas ele não foi o único. Quase todos os actores foram assim. As excepções foram apenas 3 ou 4. Adelaide João, por exemplo, ou João D Ávila. A actriz que fazia de assistente também poderá ter futuro na arte de representação. O resto, foi uma calamidade. Fazia lembrar aquelas primeiras telenovelas portuguesas que eram faladas sempre com o mesmo tom. Enfim, lamentável. De resto, o filme não faz qualquer sentido e apenas por respeito aos actores e realizador que estavam presentes na sala, e especialmente ao cinema que me convidou para ver o filme, não me vim embora antes do filme acabar. Concluindo, devo dizer que pela primeira vez vou dar nota negativa a um filme. Normalmente dou sempre pelo menos a nota minima positiva porque há sempre algo de positivo num filme, seja as interpretações por parte dos actores, seja o argumento ou realização. Neste caso, nenhum dos aspectos é positivo e devo dizer que assisti ao pior filme de todos os tempos. Não leva 0 devido ao trabalho dos 3 ou 4 actores que já referi anteriormente.
Classificação: 2


Hoje estreiam 5 filmes:
  • "Ensaio Sobre a Cegueira", um thriller dramático baseado num livro de José Saramago, realizado pelo realizador brasileiro Fernando Meirelles, com Julianne Moore e Mark Ruffalo nos principais papéis.
  • "A Dupla Face da Lei", um thriller com Robert De Niro e Al Pacino nos papéis principais.
  • "Reviver o Passado em Brideshead", um drama inglês.
  • "Sobreviver Com os Lobos", um drama de produção francesa, belga e alemã.
  • "1ª Vez 16mm, é um drama português.

Apesar do filme baseado no livro do Saramago ter sido muito falado, penso que a estreia da semana é o filme protagonizado por 2 dos melhores actores de sempre, Roberto De Niro e Al Pacino. Apesar do filme ainda não ter vindo para Braga, penso que é uma questão de tempo e é um filme a não perder.

Bom cinema ;)

2 comentários:

Anónimo disse...

Os comentários da semana k retenho são a desilusão do filme 007, porque realmente nem parece um filme desta saga, falta o glamour, o humor, o martini, o slogan,... Fico triste com a descontinuação da saga.
O segundo comentário e k vai perdurar por mt tempo na minha memória,pela negativa, é o não filme "1ªvez- 16mm", pelo não argumento e pelas não representações!
Bem, concluindo concordo inteiramente ctg nestes 2 filmes k vi!É uma pena...

Anónimo disse...

Olá Pedro,
Eu gostaria de deixar aqui minha opinião sobre o filme do 007.
Foi o PIOR 007 que já vi na minha vida. Como tu dissestes, perdeu totalmente a característica dos outros filmes. Parece que realmente querem acabar com a saga.
O ator Daniel Craig não tem a menor vocação para ser o James Bond.
A música de abertura foi horrível e a famosa música característica só tocou no final, nos créditos.
O tipo de filmagem, com as câmeras se movendo muito e filmando de muito perto atrapalharam e confundiram muito.
A própria história foi muito complicada para se entender. Os personagens apareciam e morriam logo antes de haver uma explicação maior de quem era e o que fazia.
Foi uma decepção total para mim.
Abraços do seu amigo do Brasil,
José Roberto (jrporto)