O salário mínimo, em 2007, vai aumentar para 403€. Actualmente o salário mínimo é de 385,90€ portanto, isso significa um aumento de 4,4%.
Parece que o Governo afinal sempre trabalha. Este aumento, na minha opinião, é bastante significativo. Já não se via um aumento tão grande desde... hmmm... bem, desde há muito tempo. Para servir de comparação, o último aumento foi de 3% e foi o maior aumento dos 4 anos precedentes...
Será que este aumento vai contribuir para reduzir as desigualdades sociais e para aumentar o poder de compra dos trabalhadores com salários mais baixos? Possivelmente.
Mas será que este aumento não vai contribuir para o aumento do desemprego?
Se se sobe o salário mínimo, todos os lugares que eram desempenhados por trabalhadores que recebiam um salário inferior ao novo salário ficam em risco. E, sempre que o valor da produtividade desses trabalhadores seja inferior ao novo salário mínimo, a consequência é a destruição dessa relação contratual e o aumento do desemprego.
Será que estou errado?
quarta-feira, dezembro 06, 2006
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6 comentários:
Pedro
A pessoa começa a ler e a pensar bem válá vá lá, sempre vai subir o salário mínimo, ainda bem...
Mas depois...
Chega ao fim e está deprimido. Bolas achas mesmo que vai acontecer tudo isso...
Sniff... Vou dar uma de avestruz, e esperar pelo melhor.
:)
Pedro,
Costumo pensar algo parecido, mas quando oiço que empresas internacionais estão a fechar em Portugal e a abrir no Leste (por exemplo) e vejo as mesmas pessoas que condenam isto a lamentarem-se do facto de termos um dos salários mínimos mais baixos da Europa.
Não podemos ter tudo... Pelo menos se continuarmos a seguir a lógica que temos seguido...
Parece-me que a qualidade de vida das pessoas é um valor inquestionável, mas que por vezes é um presente envenenado, lá isso é!
É uma farturinha... de pobreza!
Eu penso que os postos de trabalho nao estao em risco de todo nem terá que haver necessariamente um aumento de produtividade. Cada empresa estabelece um preço ao seu produto consoante o custo de confecçao, distribuição, entre outros factores.. Ou seja, quer isto dizer que, se a mao de obra torna-se mais cara, mais caro tornar-se-á o valor do produto.
Um pequeno exemplo: um iogurte tem um custo de 0,50€ por unidade, suponhamos. O custo desde a confeccao até ao cliente é de 0,40€, sendo o lucro por unidade de 0,10€. (nao vou considerar revendas). Essa empresa tem uma tiragem de 100 000 unidades diarias sendo o lucro previsto (caso se vendessem todos) de 10 000€. Como é calculado este custo de fabrico? nao é mais que todos os ordenados dos operarios somados (mais custo da maquinaria e transporte) a dividir por 100 000 e dividido pelo numero de dias uteis. caso haja um aumento de salarios, esse pequeno aumento geral de todos os operarios vai ser dividido pelo numero de iogurtes, estabelecendo assim o novo preço de cada iogurte de forma a preservar o lucro de 10 000€.
E quanto ao aumento na ordem dos 16,3% nas tarifas de electricidade para os consumidores de muito alta, alta e média tensão? Neste caso o aumento do custo do produto por si só pode nao chegar para que as empresas tenham o lucro pretendido e aí sim, nao só se perdem alguns postos de trabalho mas sim todos os postos dessa mesma empresa, uma vez que se irá procurar tarifas mais competitivas no estrangeiro nomeadamente paises de leste. Um despedimento unico para que esse salario seja usado para colmatar o aumento de salarios a meu ver nao é viavel, pois seria menos um operario a desempenhar funçoes e consecutivamente haveria uma pequena quebra na produção.
Em conclusao, um aumento de salario minimo nao trará vantagens nem desvantagens, apenas um aumento da inflação...
Ok, a correcçao de um futuro contabilista, nao era "Inflaçao" que quis dizer mas sim "Agravamento" dos preços. A diferença na carteira mantem-se nula.
Não, Pedro acho que não estás errado.
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